sexta-feira, 17 de abril de 2009

Por que devo aprender um idioma estrangeiro?



Quando se fala em idioma estrangeiro, o primeiro que à cabeça de muitas pessoas é o idioma Inglês. Por quê? Porque a língua Inglesa é a mais falada no mundo inteiro e graças ao avanço das comunicações, o mundo parece que ficou menor.

Quanto tempo leva para aprender a falar inglês fluentemente?

Bem, isso depende do tempo disponível e dedicação. É claro que se a escola de idiomas que você frequenta tem aula 1 vez por semana e se não estudar, não fizer as tarefas levará muito tempo para aprender. O aprendizado não depende só do professor.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Reforma Ortográfica da Lingua Portuguesa

Emprego do hífen com prefixos
Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.
Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal:
• Sem hífen diante de vogal diferente:
autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
2. Prefi xo terminado em consoante:
• Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
• Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
• Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.

Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se ohífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
3. O prefixo coaglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se
inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular,pró-europeu.


Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser:

A B C D E F G H I
J K L M N O P Q R
S T U V WX Y Z

As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:

a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma),
W (watt);

b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.

Antes Depois
agüentar aguentar
argüir arguir
bilíngüe bilíngue
cinqüenta cinquenta
delinqüente delinquente
eloqüente eloquente
ensangüentado ensanguentado
eqüestre equestre
freqüente frequente
lingüeta lingueta
lingüiça linguiça
qüinqüênio quinquênio

Mudanças nas regras de acentuação

1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).


Antes Depois
alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
bóia boia
celulóide celuloide

Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus,
ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.

Como era Como fica
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
cauíla cauila
feiúra feiura

Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou
seguidos de s), o acento permanece.
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

Como era Como fica
abençôo abençoo
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar) deem
dôo (verbo doar) doo
enjôo enjoo

4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Como era Como fi ca
Ele pára o carro. Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Ele foi ao polo
Norte. Norte.
Ele gosta de jogar Ele gosta de jogar
pólo. polo.
Esse gato tem Esse gato tem
pêlos brancos. pelos brancos.
Comi uma pêra. Comi uma pera.


Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado
do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular.

Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos
ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir,
intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.


Fonte: Guia Prático da Nova ortografia % Michaelis - José de Nicola 2008.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Texto e Fatores de Textualidade

O texto pode ser constituído em linguagem verbal ou não verbal. Uma ilustração ou uma partitura são textos não verbais. O texto verbal caracteriza-se pela sua linearidade: as palavras e os sons são apreendidos um após outro, e não simultaneamente como acontece na linguagem não verbal. Todo texto é construção - o que significa que texto não é um amontoado de frases, mas sim um conjunto organizado, no qual é possível identificar partes e estabelecer relações entre as partes e entre os elementos que as compõem. No texto, nada pode "sobrar", ser contraditório, ilógico ou destoante, deixar de ter sentido ou intenção. Todas as peças devem se encaixar, formando uma unidade.

O todo significativo, a que chamamos texto, caracteriza-se por uma série de fatores de textualidade: aceitabilidade, contextualidade, coesão, coerência, intencionalidade, informatividade, intertextualidade, situacionalidade.


1. Aceitabilidade: disposição ativa de participar de um discurso e/ou compartilhar um propósito; é preciso que os enunciatários aceitem a manifestação lingüística como um texto que tenha para eles alguma relevância.

2. Contextualizadores: são fatores que têm por função ancorar o texto na situação comunicativa, isto é, fazem avançar expectativas de compreensão do mesmo.

3. Coesão: refere-se ao modo como as palavras estão ligadas entre si dentro de uma seqüência, isto é, ela se manifesta microtextualmente.

Tipos: referencial, recorrencial; paráfrase, recursos fonológicos e seqüencial.

4. Coerência: é o resultado dos processos cognitivos operantes entre os usuários e não e não um mero traço dos textos, manifestando-se macrotextualmente. Caracteriza-se como nível de conexão conceitual e estruturação dos sentidos.

5. Intencionalidade: para que uma manifestação lingüística constituída um texto, é necessário que haja a intenção do locutor de apresentá-lo como tal. Os maiores problemas que se colocam na questão da intencionalidade são o de supor que quem fala o faz sinceramente e o que a comunicação diária é pouco transparente e diversificada em alto grau.

6. Informatividade: designa em que medida os materiais lingüísticos apresentados no texto são operados ou não operados, conhecidos ou não conhecidos da parte dos interlocutores. Todo texto contém pelo menos alguma informação e a qualidade dessa informação permitem distinguir três ordens de informatividade: a) informa o óbvio; b) quebra da expectativa; c) quando aparentemente fora do conjunto, havendo uma quebra muito grande de expectativa.

7. Intertextualidade: compreende as diversas maneiras pelas quais a produção e a recepção de um texto dependem do conhecimento de outros textos anteriormente produzidos. Em sentido estrito, pode-se falar em: alusão, epígrafe, paródia, paráfrase, citação, metalinguagem e polifonia.

8. Situcionalidade: reúne os fatores que tornam um texto adequado a uma situação atual ou recuperável.


Portanto, caro leitor, textualidade é uma capacidade que todo falante de uma língua natural tem de distinguir um texto coerente de um aglomerado de seqüências incoerentes. Há a necessidade da lógica, do desenvolvimento da idéia, ou seja, o desenvolvimento do famoso tópico frasal (tese).

As superestruturas

O texto descritivo

Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer aspecto de caráter geral.
Desenvolvimento: características físicas, associadas às características psicológicas; detalhes - comparações com objetos semelhantes; detalhes referentes à estrutura global do ambiente; luminosidade e aroma; detalhes específicos do plano de fundo; explicações do que se vês ao longe; observações dos elementos mais próximos do observador; explicações detalhadas dos elementos que compõem a paisagem, de acordo com determinada ordem.
Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter geral; observações de caráter geral referentes à sua utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto como um todo; observações sobre a atmosfera que paira no ambiente; comentários de caráter geral concluído acerca da impressão que a paisagem causa em que a completa.

O Texto Narrativo

Introdução: explicar que fato será narrado; determinar o tempo e o espaço.
Desenvolvimento: causa do fato e a apresentação das personagens; modo, como, tudo e lugar.
Conclusão:conseqüência do fato.

O texto dissertativo

Introdução: apresentação do tema
Desenvolvimento: desenvolvimento de cada um dos argumentos: análise histórica (época mais distante); referência a fatos de conhecimento do público; comentários críticos (crítica dos fatos, idéias ou circunstâncias).

Conclusão: expressão inicial mais reafirmação do tema; observações finais; expressão inicial e retomada do tema; considerações finais - observação crítica seguida de uma expectativa.


Bibliografia
GRANATIC, B. Técnicas básicas de redação. São Paulo, Scipione, 1995.